O fechamento das portas das Secretarias de Mobilidade Urbana e de Obras é um retrato cruel da negligência administrativa que assola nossa cidade. Quando cidadãos não conseguem sequer obter respostas ou serviços básicos, algo está profundamente errado. O caso de uma cidadã que não consegue avançar com seu processo na Caixa Econômica Federal por falta de uma simples segunda via de projeto é apenas a ponta do iceberg.
Não é apenas um telefone que não atende ou uma porta que não se abre; é o símbolo de uma gestão pública desconectada da realidade, que trata o contribuinte como um inconveniente, não como um patrão a quem deve servir. Afinal, de que adianta termos secretarias se elas são inacessíveis, seja fisicamente ou pelo telefone?
Prefeito Wladimir e sua gestão parecem esquecer que sua função não é ostentar cargos, mas resolver os problemas do povo. Uma morosidade como essa pode custar caro: processos parados, prazos perdidos e vidas prejudicadas. Enquanto a população sofre, a burocracia segue em seu ritmo letárgico, como se o tempo das pessoas não tivesse valor.
É inaceitável que secretarias essenciais permaneçam em estado de abandono administrativo, sem sequer oferecer o mínimo de atendimento. Onde está a transparência? Onde estão as respostas? O silêncio das autoridades é ensurdecedor e sinaliza o desprezo pelos direitos da população.
A falta de compromisso com o serviço público precisa ser denunciada, questionada e combatida. Não podemos aceitar essa normalização do descaso. É hora de cobrar explicações, exigir resultados e lembrar aos gestores que suas cadeiras não são tronos. A população merece respeito e, acima de tudo, eficiência.