O descaso do prefeito Wladimir com Santa Maria e região tornou-se insustentável. Sob a sua péssima gestão, a população da região vive em um estado de negligência crônica, com a ausência de serviços públicos essenciais como saúde, educação, infraestrutura e segurança, dentre tantos outros. Diante desse abandono, lideranças comunitárias, como José Sampaio Filho, presidente da Associação Comercial e Industrial de Santa Maria, têm buscado a emancipação do distrito, apontando que a criação de um novo município é a única saída para garantir dignidade e oportunidades mínimas aos moradores.
A revolta da comunidade não é infundada. Estudos realizados pela comissão de emancipação, composta por advogados, empresários e representantes da sociedade civil, demonstram que Santa Maria possui plenas condições territoriais, financeiras e administrativas para se desmembrar de Campos. Segundo José Sampaio, um município independente começaria com uma arrecadação mensal de cerca de R$ 12 milhões, provenientes de repasses de petróleo e tributos como IPTU, ITBI e ISS, dentre outros. Esses recursos seriam suficientes para transformar a região, atualmente ignorada pelo poder público.
A situação atual é grave. A ausência de investimentos públicos básicos não apenas compromete a qualidade de vida da população, mas também desvaloriza os imóveis e enfraquece a economia local. Como bem ressaltou Sampaio, sem a emancipação, Santa Maria corre o risco de seguir o mesmo destino de Santa Bárbara, que enfrenta um processo de esvaziamento econômico e social. Apesar de contar com indústrias emergentes e iniciativas promissoras, como a instalação de uma agência bancária do SICOOB e fábricas que geram empregos, o potencial da região é constantemente minado pela omissão da administração municipal.
A postura do prefeito Wladimir diante dessa situação é emblemática. Enquanto a prefeitura se recusa a investir em Santa Maria, a população local se organiza, mostrando força política e coesão para buscar sua autonomia. O movimento pela emancipação não é apenas um grito de desespero, mas uma resposta legítima ao descaso histórico de Campos com suas regiões periféricas. E o apoio de prefeitos de municípios vizinhos e a mobilização na ALERJ reforçam a seriedade do projeto.
Exemplos de regiões ao redor do município de Campos e proximidades que se emanciparam:
1) Conceição de Macabu (data emancipação/criação 15/03/1952, desmembrado de Macaé)
2) Italva (12/06/1986, Campos);
3) Quissamã (04/01/1989, Macaé);
4) Cardoso Moreira (01/01/1993, Campos);
5) São Francisco de Itabapoana (18/01/1995, São João da Barra);
6) Carapebus (01/01/1997, Macaé);
Governar é atender às necessidades de todos os cidadãos, não apenas dos que residem nas áreas centrais. A negligência da Prefeitura de Campos com Santa Maria é um exemplo vergonhoso de como o poder público pode falhar em sua missão mais básica. Se o prefeito Wladimir continuar ignorando as demandas dessa comunidade, o movimento pela emancipação se tornará não apenas uma alternativa, mas uma necessidade vital para a sobrevivência e prosperidade da região.