A gestão de Wladimir Garotinho à frente da Prefeitura de Campos tem se consolidado como um exemplo de como não administrar recursos pĂșblicos. A dĂvida de mais de R$ 75 milhões com a empresa ENEL, sendo que mais da metade foi acumulada durante sua administração (2021-2024), escancara a ineficiĂȘncia de um governo que arrecada como nunca, mas não honra compromissos bĂĄsicos. O prefeito acusa a ENEL de roubo, sem apresentar qualquer prova, enquanto o municĂpio é quem deixa de pagar por serviços essenciais.
É inadmissĂvel que, mesmo diante de recordes de arrecadação, a prefeitura adote critérios obscuros e nada republicanos para o pagamento de fornecedores. Enquanto setores essenciais aguardam repasses, a gestão parece guiada por interesses próprios, desconsiderando a fiscalização dos órgãos de controle. A falta de transparĂȘncia e o desprezo pelas regras tornam essa administração uma verdadeira afronta à ética pĂșblica.
A ENEL, por sua vez, iniciou cortes de energia em serviços sob responsabilidade da prefeitura, uma consequĂȘncia previsĂvel diante do calote de proporções alarmantes. Wladimir Garotinho, que aparentemente acreditava estar acima das consequĂȘncias, agora tenta recorrer ao JudiciĂĄrio para blindar sua gestão e perpetuar o desrespeito contratual. Uma manobra que, além de antiética, prejudica diretamente a população, que sofre com a precarização de serviços pĂșblicos bĂĄsicos.
Essa novela, digna de um enredo mexicano, reflete o triste estado de uma cidade bilionĂĄria em potencial, mas que permanece estagnada por causa de governantes irresponsĂĄveis. Campos dos Goytacazes, com seus recursos naturais e capacidade de arrecadação, poderia ser uma referĂȘncia de desenvolvimento e qualidade de vida, mas segue presa a prĂĄticas arcaicas e negligentes.
É urgente que a população desperte para a gravidade desses atos. Administradores que ignoram a lei e brincam com os recursos pĂșblicos não podem permanecer no poder. Chegou a hora de exigir transparĂȘncia, ética e compromisso com o futuro de Campos.