O falecimento do Papa Francisco mobilizou líderes mundiais e religiosos de todos os cantos do planeta. Como era de se esperar, uma multidão de chefes de Estado, cardeais e representantes diplomáticos se deslocaram até o Vaticano para a cerimônia fúnebre. No entanto, o que tem chamado a atenção — e gerado polêmica — é o tamanho da comitiva enviada pelo Brasil: uma das maiores do mundo.
A delegação brasileira é composta por dezenas de autoridades, incluindo políticos, ministros, senadores, deputados, além de assessores e convidados. Segundo fontes ligadas ao Itamaraty, o número de integrantes ultrapassa facilmente o de países com maior proximidade histórica com o Vaticano. Assista o vídeo.
E a pergunta que não quer calar: quem paga essa conta?
Como em eventos oficiais, as despesas com passagens aéreas, hospedagem, alimentação e segurança da comitiva são custeadas com dinheiro público. Em meio a uma crise econômica que afeta milhões de brasileiros, o alto custo da participação de tantos representantes levanta críticas sobre prioridades e responsabilidade fiscal.
Nas redes sociais, internautas expressam indignação. "Não tem verba pra saúde, educação, mas tem pra viagem luxuosa à Itália?", questionou um usuário no X (antigo Twitter). Outro escreveu: "Lamento a morte do Papa, mas isso virou turismo pago com o nosso suor."
Apesar da importância simbólica de um funeral papal, cresce o debate sobre a real necessidade de se enviar tantos representantes, especialmente quando a presença de um ou dois chefes de Estado já cumpriria o protocolo diplomático.
A pergunta continua no ar: você concorda com isso?
A falta de transparência sobre os custos exatos da viagem e a escolha dos integrantes da comitiva só alimenta a sensação de distanciamento entre o poder público e o povo brasileiro. Enquanto isso, o país observa — e paga a conta.