Permissionários de vans realizaram um protesto na manhã desta terça-feira (6) em frente ao Centro Administrativo José Alves de Azevedo, sede da Prefeitura de Campos. A manifestação foi motivada pela insustentabilidade econômica das operações de transporte alternativo e pela ausência de diálogo com o governo municipal. O movimento acendeu o alerta sobre um possível colapso no setor.
Segundo Bruno Santana, representante da categoria, desde o início da atual gestão, tentativas de negociação vêm sendo ignoradas. Os permissionários alegam que o modelo atual está inviável e que há evidente desequilíbrio econômico-financeiro nos contratos firmados com o município — uma violação direta aos princípios que regem os contratos públicos, segundo a legislação federal.
O transporte alternativo cumpre papel essencial no deslocamento de milhares de campistas, especialmente em regiões menos atendidas pelo sistema convencional de ônibus. A falência desse segmento não só comprometeria a mobilidade urbana, como também ampliaria a exclusão social de comunidades periféricas, afetando o acesso ao trabalho, saúde e educação.
A Prefeitura foi acionada pela imprensa, mas até o momento da publicação não apresentou resposta às reivindicações. O silêncio institucional e a ausência de mediação agravam a percepção negativa, além de expor a gestão municipal a riscos jurídicos e políticos em pleno ano pré-eleitoral.