O grupo do prefeito de Campos-RJ, Wladimir Garotinho (PP), já articula os movimentos para as eleições de 2026, com nomes fortes cotados para disputar vagas na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (ALERJ) e na Câmara dos Deputados. A construção das nominatas, no entanto, esbarra em indefinições estratégicas — inclusive quanto ao próprio futuro político de Wladimir, que pode disputar uma vaga federal ou compor chapa majoritária como vice da candidatura ao governo do estado ao lado de Eduardo Paes.
No CENÁRIO ESTADUAL, três nomes despontam com força: o deputado Bruno Dauaire, que vai buscar seu quarto mandato na ALERJ; o ex-vereador Thiago Virgílio, presidente do AGIR em Campos, que afirma ter apoio do prefeito e do vereador Juninho Virgílio; e o deputado federal Caio Vianna, que pode migrar para a disputa estadual caso Wladimir concorra à Câmara Federal. Virgílio assegura que os três fazem parte da nominata do grupo Garotinho para a ALERJ.
Na disputa federal, o vereador Leon Gomes (PDT) já se coloca como pré-candidato e conta com apoio das lideranças do partido, como Carlos Lupi e Martha Rocha. Leon pode formar dobradinha com Léo Lupi, cotado para a ALERJ, o que reforça o projeto regional do PDT no Norte Fluminense. A consolidação da pré-candidatura pode envolver ainda uma reunião com o prefeito Wladimir para alinhamento de apoios.
Apesar da pré-candidatura ensaiada por Silvinho Martins (MDB) a estadual, o vereador já recuou da ideia após estímulo inicial de Washington Reis (MDB). As decisões finais sobre os nomes a serem lançados devem passar pelo crivo de Wladimir Garotinho, cuja possível candidatura a deputado federal pode alterar todo o arranjo do grupo, principalmente em relação ao apoio a Caio Vianna.
Outro ponto sensível é a federação entre Progressistas e União Brasil, que une os grupos de Wladimir e Rodrigo Bacellar. Se Bacellar confirmar sua pré-candidatura ao governo do Estado, Wladimir ficaria impedido de ser vice de outro nome, como Eduardo Paes, a menos que mude de partido. O cenário reforça o peso estratégico das próximas decisões e o impacto direto no tabuleiro eleitoral de 2026.
Fonte: Folha 1