O CAOS DO TRANSPORTE PÚBLICO EM CAMPOS (RJ).

A cena é desumana, mas infelizmente corriqueira em Campos (RJ). Uma mãe com seu filho autista, à mercê de um transporte público sucateado, enfrenta uma jornada de estresse e sofrimento para realizar algo tão básico quanto pegar um ônibus de volta para casa após um dia de acompanhamento a seu filho. Desde as 17h, essa passageira aguardava um transporte que já chegou lotado e, para piorar, foi obrigada a lutar por espaço em um veículo superlotado, em meio ao calor sufocante. Situações como essa revelam a negligência e insensibilidade gritante da gestão do prefeito Wladimir Garotinho, que parece ignorar o caos diário vivido pela população que depende desse sistema municipal de transporte público falido.

Campos dos Goytacazes é um dos municípios mais ricos do Brasil, com um ORÇAMENTO BILIONÁRIO - LOA 2024, cerca de R$ 2.7 BILHÕES (R$ 2.695.157.906,26); LOA 2025, cerca de R$ 2.8 BILHÕES (R$ R$2.805.389.864,62) -, mas a qualidade do transporte público não reflete esses valores astronômicos. Enquanto os ônibus circulam em condições precárias, com veículos antigos, sem manutenção adequada e sem o mínimo de conforto, a prefeitura mostra total incapacidade de gerir ou fiscalizar. Motoristas abusam da lotação e só abrem as portas após todos os pagantes entrarem, demonstrando uma falta de respeito generalizada pelos passageiros com passe livre, principalmente as mães atípicas. A gestão de Wladimir parece distante dessa realidade, permitindo que esses abusos se perpetuem, sem oferecer qualquer tipo de solução concreta. Não há sequer um fiscal da prefeitura ao redor da área de embarque e muito menos nos pontos de ônibus.

Além do descaso com a fiscalização, a falta de planejamento é evidente. A quantidade de ônibus e vans disponíveis está muito aquém da demanda crescente da população campista. Não é de hoje que os cidadãos enfrentam paralisações constantes devido à falta de repasses para as empresas de transporte, mas onde está a resposta da prefeitura? Enquanto a população é obrigada a suportar condições degradantes, o prefeito Wladimir e sua equipe continuam com promessas vazias, sem qualquer ação efetiva para sanar os problemas estruturais que assolam o transporte público da cidade.

A situação relatada pela mãe do menino autista é apenas um reflexo de uma gestão insensível e omissa. É inadmissível que uma criança, especialmente com necessidades específicas, seja submetida a tamanho estresse e desconforto. A ausência de medidas para garantir um transporte público digno não é apenas uma falha administrativa; é um desrespeito aos direitos humanos básicos dos cidadãos. A conta não fecha: como pode uma cidade com tantos recursos financeiros oferecer um serviço de transporte tão precário e desumano?

Campos merece mais do que discursos eleitoreiros e promessas vazias. A população, especialmente os mais vulneráveis, exige um transporte público eficiente, confortável e fiscalizado. A gestão de Wladimir Garotinho falha em atender essas demandas básicas e, enquanto isso, os campistas seguem abandonados à própria sorte. Chegou a hora de cobrar respostas concretas e exigir mudanças reais. Afinal, o transporte público não é um favor, mas um direito garantido que precisa ser respeitado.