Uma empresa que nega água a idosos acamados merece ser chamada de quê? Criminosa? Desumana? Irresponsável? Todos esses adjetivos ainda são pouco para descrever o que a Água do Paraíba fez com os idosos do Asilo Monsenhor Severino (ASSISTA AO VÍDEO AQUI). Cem idosos passaram 24 horas sem uma gota d'água porque a empresa simplesmente ignorou um pedido de socorro.
Enquanto a direção do asilo tentava desesperadamente contato, os telefones da empresa permaneciam mudos, como se o problema não existisse. Diante da urgência, o próprio presidente do asilo foi até a sede da empresa. O que encontrou? Portas fechadas e um atendente que, sem qualquer empatia, disse que "talvez abrissem amanhã" e que "não havia nada a ser feito". Como assim? Deixar idosos sem água não é um problema urgente?
A falta de água em um asilo não é apenas um transtorno – é uma ameaça real à vida. Idosos desidratam mais rápido, precisam de higiene constante e, para muitos, o acesso à água é uma questão de sobrevivência. A empresa, no entanto, escolheu ignorar essa realidade, tratando o caso como um inconveniente qualquer.
Isso não é apenas negligência, é uma afronta à dignidade humana. É o reflexo de uma empresa que opera sem fiscalização, sem responsabilidade e sem respeito pela vida. Se não fosse a denúncia, quantas horas mais esses idosos ficariam sem água? Quantos outros casos semelhantes estão acontecendo agora, sem repercussão?
É inaceitável que uma empresa que detém um serviço essencial aja com tamanho descaso. Mais inaceitável ainda é que o poder público não fiscalize, não cobre, não multe, não interfira. Este caso precisa ser um marco. Ou a sociedade se revolta e exige mudanças, ou continuaremos reféns da inoperância, da indiferença e da crueldade institucionalizada.