O ano mal começou, e em Campos, a primeira "grande novidade" veio com aumentos de impostos e taxas. Enquanto a população se sacrifica para pagar contas cada vez mais altas, o dinheiro público na gestão Wladimir parece escorrer por contratos no mínimo suspeitos, beneficiando empresas envolvidas em escândalos e com históricos nada exemplares.
Um exemplo emblemático é o contrato firmado pelo Instituto Municipal de Trânsito e Transportes (IMTT) com um consórcio formado pelas empresas Dataprev e Sinal Vida, para a implantação de semáforos inteligentes, conforme muito bem exposto pelo editor chefe do site Click Campos, Fabrício Nascimento, mostrando de forma didática a toda sociedade essas supostas fraudes de licitação (ASSISTA AQUI).
O valor do contrato, ABSURDOS R$ 22 MILHÕES, chama atenção, especialmente porque representa uma média de cerca de R$ 550 mil por semáforo, tendo em vista que são em torno de 40 semáforos. Enquanto isso, muitas ruas de Campos continuam cheias de buracos em diversos pontos do município, além de serviços básicos em estado de calamidade.
O que torna a situação ainda mais intrigante é que apenas uma empresa, a Serttel, participou como concorrente no processo licitatório. Ou seja, uma licitação de apenas dois: o consórcio formado pelas empresas Dataprev e Sinal Vida, e a empresa Serttel. Curiosamente, a empresa Serttel tem ligações estreitas com as contratadas em outros estados, participando de consórcios com a Dataprev e a Sinal Vida em locais como Joinville e Pernambuco. Como acreditar na lisura de uma licitação onde os participantes são parceiros habituais?
A situação piora quando analisamos o histórico das empresas envolvidas. A Dataprev já foi alvo de denúncias por sobrepreço em cidades como Curitiba e Goiás. Em uma CPI, um representante da empresa admitiu cobrar o dobro pelo serviço. A Serttel também não fica atrás: seu dono já foi preso por fraude em licitações e pagamento de propina. Mesmo assim, essas empresas continuam vencendo contratos milionários com dinheiro público. Enquanto isso, os semáforos inteligentes só começaram a operar um ano após a licitação, levantando suspeitas de que o atraso tenha sido proposital devido ao calendário eleitoral. Afinal, multa não traz votos.
Ao vez de priorizar o bem-estar da população, prefeito Wladimir parece mais interessado em sustentar um sistema corrupto e repleto de conchavos. É hora da sociedade exigir respostas e cobrar uma gestão transparente e eficiente. E que os órgãos de controle, como Ministério Público, Tribunais de Contas, dentre outros atuem para coibir essas supostas práticas que lesam os cofres do erário público e a sociedade como um todo.