DESCASO NA EDUCAÇÃO MUNICIPAL DE CAMPOS.

A realidade da Escola Municipal Carlos Chagas, em Campos dos Goytacazes, expõe o descaso do poder público com a educação básica. Enquanto a Prefeitura alardeia melhorias, a Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro (DPRJ) denuncia o caos instalado na unidade, onde crianças estudam em condições inaceitáveis.

Durante uma inspeção, foram identificados problemas estruturais graves, alimentação inadequada e a total negligência com o transporte escolar. Alunos são submetidos a salas quentes, sem ar-condicionado, e precisam lidar com a precariedade de uma infraestrutura que deveria garantir conforto e aprendizado. Além disso, a alimentação escolar, ao invés de fornecer uma nutrição balanceada, está repleta de ultraprocessados, desrespeitando leis federais e comprometendo a saúde dos estudantes.

A situação se agrava com a ausência de transporte público no turno da tarde, obrigando alunos a deixarem a escola antes do horário previsto. Isso não é apenas um desrespeito ao direito à educação, mas também um retrato do abandono em que se encontram as crianças dessa comunidade rural. Como é possível que, em pleno 2025, o básico ainda não seja garantido?

A prefeitura de Campos precisa agir com urgência. A obra de expansão da escola já está prevista, mas continua parada. Até quando os estudantes serão tratados com tamanho descaso? As promessas vazias não aquecem as salas geladas no inverno nem aliviam o calor escaldante no verão. O que os alunos precisam é de infraestrutura digna, alimentação adequada e transporte garantido.

A população não pode aceitar esse tipo de propaganda enganosa. Campos precisa de uma gestão que realmente se importe com a educação e não apenas com marketing político barato. Se a situação da Escola Carlos Chagas for um reflexo do que ocorre em outras unidades, estamos diante de um colapso silencioso da educação pública municipal. É hora de cobrar mudanças reais.