O atual governador, Cláudio Castro, que assumiu após a cassação de Wilson Witzel, teve um caminho peculiar até o poder. O então relator do processo de impeachment, o presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar, poupou Castro da cassação. Na política, coincidências são raras: Bacellar tornou-se o principal aliado de Castro, ocupando o cargo de secretário de Governo e, com seu apoio, foi eleito e reeleito presidente da Alerj.
Reeleito, Castro não poderá disputar novamente o governo do estado, restando-lhe a possibilidade de concorrer a uma vaga de deputado ou senador. Para isso, precisará renunciar ao cargo até 30 de abril de 2026.
Hoje, em suas redes sociais, o articulador político Thiago Calil revelou que o deputado estadual Thiago Rangel já definiu seu apoio para 2026: ele caminhará ao lado do atual vice-governador, Thiago Pampolha, que se lança como pré-candidato ao governo.
Durante a inauguração da Ponte da Integração, Castro deixou claro que seu candidato ao governo será Rodrigo Bacellar. Calil, em suas postagens, afirma que todo o espaço que Thiago Rangel possui no governo estadual foi concedido por Bacellar e, portanto, ele provavelmente perderá esses benefícios. Segundo Calil, a escolha de Rangel foi precipitada e poderá comprometer sua trajetória política.
O atual prefeito de Campos, Wladimir Garotinho, apareceu em segundo lugar em uma pesquisa de intenção de voto para o governo do estado, com 5,2%. No entanto, especula-se que ele possa ser candidato a vice-governador na chapa do líder nas pesquisas, o prefeito do Rio, Eduardo Paes. Apesar disso, Wladimir tem demonstrado interesse em retornar a Brasília como senador.
A filha de Thiago Rangel, Thamires Rangel, foi a única mulher eleita para a atual legislatura e promete adotar uma postura independente em seu mandato. Contudo, Wladimir Garotinho mantém ampla maioria na Câmara Municipal e tem o privilégio de escolher seus aliados.
Diante desse cenário, Thiago Rangel poderá enfrentar dias difíceis, com portas fechadas tanto no governo estadual quanto na prefeitura de Campos.
Ainda assim, na política, tudo pode mudar a qualquer momento. Além disso, um fator que pode atrapalhar os planos de Castro e Bacellar é o julgamento do caso CEPERJ no TSE, que envolve um pedido de impeachment.