Coluna Edmar Ptak

Política e tráfico: COMBINAÇÃO ENTORPECENTE.

Por Edmar Ptak em 20/09/2024 às 08:01:47
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O que antes pensávamos que estava restrito à capital, demonstrou-se, na operação deflagrada pela Polícia Civil nessa semana, que O TRÁFICO e A POLÍTICA ESTÃO ENTRELAÇADOS TAMBÉM NAS TERRAS GOYTACÁ.


Tempos atrás, durante a campanha eleitoral de Wladimir Garotinho à Câmara Federal, foi aberto uma AIJE (Ação de Investigação Judicial Eleitoral) com base em um vídeo sob suspeita de ligação da campanha de deputado federal com o tráfico de drogas. Ao fim do julgamento da AIJE, restou Wladimir Garotinho absolvido por falta de outros elementos de provas.


Esta operação realizada agora só teve início com a investigação de um homicídio no qual supostamente o grupo político ligado ao vereador Bruno Pezão estaria envolvido. Somado a essa circunstância, um vídeo do então chefe do tráfico da baixada campista, que apesar de se encontrar preso em Bangu (RJ), fez uma vídeoconferência de dentro da prisão demonstrando apoio em uma reunião política ao candidato preso essa semana.


Foram emitidos e cumpridos diversos mandados de busca e apreensão. Na casa de Bruno Pezão, foram encontrados mais de R$ 663.000,00 (seiscentos e sessenta e três mil reais) em dinheiro e cerca de R$ 400.000,00 (quatrocentos mil reais) em cheques e notas promissórias, além de uma arma de fogo.


O que chamou ainda mais atenção é que essa vultosa quantidade de dinheiro estava separado em lotes com identificação por nome de diversas localidades da baixada e região de Campos. Com essas provas, o Edil e candidato em busca de reeleição foi preso em flagrante por lavagem de dinheiro e a cópia do inquérito foi encaminhada à Justiça Eleitoral.


O parlamentar segue preso num centro de detenção provisória em Campos e está previsto para amanhã (SEX) a sua audiência de custódia.


Bruno Pezão está filiado ao mesmo partido do prefeito Wladimir Garotinho, o PP, que soltou uma nota onde relata o óbvio, que cabe ao acusado o direito da ampla defesa.


O que mais chama atenção é à INOPERÂNCIA da Justiça Eleitoral. Mesmo possuindo "superpoderes de agir", NADA FAZEM PARA COIBIR o ABUSO DO PODER POLÍTICO E ECONÔMICO, bem como a compra de votos que é prática recorrente em nosso município. Se a Justiça Eleitoral quisesse realmente punir os maus políticos, bastava um serviço de investigação infiltrando fiscais nos grupos políticos suspeitos que se chegaria a prova do crime de forma simples sem nem muitos esforços.


Resta aguardar como a Justiça Eleitoral irá proceder. Pelas Terras Goitacá, parece que está mais interessada em outros assuntos, como "cerveja em comitês de partido (sic!)".


Seria até cômico, MAS SE NÃO FOSSE TÃO TRÁGICO!

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