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Bruno Pezão é libertado com medidas cautelares após prisão em operação policial.

Por Campos 360 News em 20/09/2024 às 11:10:58

O vereador Bruno Pezão (PP) recebeu liberdade provisória após decisão do juiz Samuel de Lemos Pereira, da Central de Audiências de Custódia de Campos dos Goytacazes. A soltura ocorreu na manhã desta sexta-feira (20), mediante o pagamento de fiança e a imposição de medidas cautelares.


Pezão foi preso em flagrante durante a operação "Pleito Mortal", que investiga sua possível ligação com a morte do cabo eleitoral Aparecido Oliveira de Morais, assassinado em julho na Baixada Campista. A operação, que teve como objetivo desmantelar atividades ilícitas, resultou na apreensão de mais de R$ 1 milhão, sendo R$ 663 mil em dinheiro vivo.


Na decisão, o magistrado estabeleceu que Pezão deve comparecer bimestralmente ao Juízo da 3ª Vara Criminal, com início em outubro de 2024. Além disso, o vereador está proibido de se ausentar da comarca por mais de 15 dias sem autorização judicial.


O juiz também determinou que Pezão mantenha seu endereço atualizado e compareça a todos os atos do processo. Outra medida importante é a proibição de contato com outros investigados no caso, reforçando a necessidade de evitar interferências na investigação.


A advogada de Pezão, Roberta Araújo, defendeu a inocência do vereador e argumentou que as acusações carecem de provas robustas. Ela destacou que a prisão de seu cliente foi baseada em evidências frágeis e que a defesa está tomando todas as medidas necessárias para assegurar sua libertação.


A operação "Pleito Mortal" já havia gerado repercussão significativa, não apenas pela gravidade das acusações, mas também pelas implicações políticas que envolvem o vereador. A investigação está sendo conduzida pelo Grupo de Atuação Especializada de Repressão ao Crime Organizado do Ministério Público e Polícia Civil.


O caso de Bruno Pezão ressalta a preocupação com a utilização de prisões como estratégia política durante o período eleitoral. O próximo passo do processo será acompanhar as medidas cautelares impostas pelo juiz e o andamento da investigação.


Para muitos, a soltura de Bruno Pezão pode ser até vista como um ato falho da justiça. No entanto, o Juízo tem que seguir o que determina a lei que é bem clara quanto à manutenção da prisão do acusado.


Sendo o acusado primário, ou seja, não tenha outra condenação penal transitado em julgado, e ainda com bons antecedentes, como é o caso, além de endereço certo, trabalho e não haja elementos suficientes que justifiquem a prisão preventiva, como perigo de fuga, ameaça de testemunhas, conveniência da instrução da instrução criminal, dentre outros... Em suma: não havendo esses requisitos, o Juízo deverá substituir a privação de liberdade por medidas cautelares diferentes da prisão.


As eleições municipais estão se aproximando, e o cenário político em Campos dos Goytacazes se torna ainda mais tenso com casos como o de Pezão. O pleito ocorrerá em 6 de outubro, e as movimentações no cenário eleitoral são intensificadas por desdobramentos como este.


Os desdobramentos do caso Pezão serão observados de perto, especialmente considerando o impacto que poderá ter sobre sua candidatura e o clima político na região. A expectativa é que a Justiça continue a atuar para esclarecer os fatos e garantir a lisura do processo eleitoral.

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