Coluna Edmar Ptak

O CAÓTICO TRÂNSITO DE CAMPOS.

Reflexo de uma gestão ineficiente.

Por Redação em 22/12/2024 às 13:16:21

O caos no trânsito urbano de Campos dos Goytacazes é o retrato da ineficiência administrativa da gestão do prefeito Wladimir Garotinho. Com uma frota de 248.200 veículos para uma população de 483.540 habitantes, o município vive um colapso diário nas ruas. Engarrafamentos, bloqueios e interdições fazem parte da rotina do campista, que enfrenta uma verdadeira batalha para se deslocar. O cenário atual não é fruto do acaso, mas sim de anos de negligência na elaboração de políticas públicas eficazes e na falta de investimentos estratégicos em infraestrutura viária.

O crescimento da frota nos últimos 15 anos praticamente dobrou, mas onde estão as soluções para lidar com esse aumento? A cidade carece de novos corredores viários, readequação das vias existentes e, principalmente, de uma gestão que priorize a mobilidade urbana. Em vez disso, a prefeitura adota medidas paliativas que apenas mascaram os problemas sem resolvê-los. O recente pedido ao DER-RJ para liberar temporariamente a Estrada dos Ceramistas para as festas de fim de ano é um exemplo claro da falta de planejamento de longo prazo. A cidade de Campos não possui sequer viadutos para ajudar a escoar o tráfego de trânsito, reflexo de uma total falta de planejamento de mobilidade.

Outro fator agravante é o impacto do tráfego de caminhões do Porto do Açu nas vias urbanas. Enquanto o desenvolvimento econômico é importante, ele não pode ser alcançado à custa da qualidade de vida da população. A ausência de uma logística adequada para o transporte de cargas penaliza diretamente os moradores, que convivem diariamente com lentidão, aumento no risco de acidentes e desgaste físico e mental. Onde estão as ações efetivas da gestão municipal para mitigar esse impacto?

Além disso, a BR-101, sob a concessão da Arteris, apresenta bloqueios que complicam ainda mais a situação. Em horários de pico, trajetos simples, como entre Ururaí e o Centro, levam até duas horas. Nesse cenário, a prefeitura se mostra incapaz de articular soluções conjuntas com o governo estadual e as concessionárias, deixando os campistas reféns de um sistema viário colapsado.

Enquanto isso, o prefeito Wladimir Garotinho parece mais preocupado com medidas emergenciais e discursos vazios do que com ações concretas para melhorar o trânsito de Campos. Investir em infraestrutura viária, criar políticas de mobilidade sustentável e dialogar com todas as esferas envolvidas deveria ser prioridade máxima. A população não pode continuar pagando o preço de uma gestão que trata os problemas estruturais com descaso. É hora de responsabilidade e ação em prol de uma cidade mais organizada e funcional.

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