O tradicional CDL (Clube dos Diretores Lojistas), outrora uma referência na luta pela classe lojista, hoje agoniza em meio a interesses políticos e alianças suspeitas. A instituição, que deveria defender os interesses dos comerciantes, parece cada vez mais disposta a se transformar em um braço de propaganda do prefeito Wladimir Garotinho, algo que não pode ser ignorado.
A politização começou a se evidenciar com o ex-presidente Edvar Chagas, que, em vez de lutar pelas demandas dos lojistas, optou por se tornar garoto-propaganda do prefeito e, posteriormente, garantiu um cargo confortável na prefeitura. Essa troca de favores é uma afronta aos valores de independência e seriedade que deveriam nortear a atuação do CDL.
Com exceção do último presidente, José Francisco, carinhosamente conhecido como Dedé, uma pessoa honrada e com uma trajetória de sucesso, a entidade segue envolvida em disputas políticas.
Agora, sob a liderança de Fábio Paes, que já possui uma longa história de proximidade com a família Garotinho e foi proprietário do extinto jornal O Diário, o CDL dá sinais claros de que continuará sua trajetória de subserviência política. O foco deixa de ser os lojistas, especialmente os do centro da cidade, que sofrem diariamente com a ausência de políticas públicas eficazes, e passa a ser a manutenção de um relacionamento harmonioso com o poder municipal.
O descaso com os comerciantes locais é evidente. O centro da cidade, que deveria ser um polo de desenvolvimento, permanece abandonado. Enquanto isso, os líderes do CDL ocupam seu tempo promovendo eventos que mais parecem vitrines para o prefeito do que ações concretas para a melhoria das condições dos lojistas.
Se nada for feito, o CDL continuará sendo utilizado como trampolim político e instrumento de manutenção de poder, deixando de lado sua missão original. É urgente que os comerciantes se unam para exigir uma entidade que verdadeiramente os represente e combata o descaso que tanto prejudica a classe.