Portal de Notícias Administrável desenvolvido por Hotfix

Jornalismo predatório

CRIAR DIFICULDADES PARA VENDER FACILIDADES: A MÍDIA VENDIDA.


No cenário midiático brasileiro, consolida-se um modelo degradante de prática jornalística: a estratégia de criar dificuldades para, posteriormente, vender facilidades. Esse expediente, que pode ser classificado como "baixo jornalismo", vem sendo adotado em diversas regiões do país e compromete a credibilidade da imprensa, distorcendo seu papel fiscalizador para transformá-lo em instrumento de coerção e barganha.

Em Campos, essa dinâmica parece estar profundamente enraizada. Uma investigação rigorosa poderia revelar um esquema de chantagens veladas, no qual veículos de comunicação exercem pressão sobre gestores públicos, empresários e outras figuras de interesse, visando vantagens financeiras ou políticas. A lógica é simples: primeiramente, lança-se uma campanha de desgaste contra determinado alvo, por meio de matérias tendenciosas, manchetes sensacionalistas e insinuações não devidamente apuradas. Posteriormente, abre-se espaço para a solução negociada, muitas vezes na forma de publicidade institucional ou acordos de não agressão midiática.

Essa prática caracteriza-se por flagrante violação dos princípios da ética jornalística e, em alguns casos, pode configurar abuso de direito, improbidade informacional e até tentativa de extorsão. A imprensa, que deveria atuar como guardiã da democracia e da transparência, torna-se, paradoxalmente, um elemento de instabilidade e manipulação, comprometendo a formação da opinião pública.

A culpabilidade, nesses casos, não se limita aos veículos que operam essa estratégia ilícita, mas também se estende a agentes públicos e privados que, por negligência ou conveniência, aceitam participar desse jogo de interesses escusos. A leniência das autoridades e a falta de fiscalização adequada favorecem a perpetuação desse sistema, impedindo que os responsáveis sejam submetidos à devida responsabilização jurídica.

Diante desse cenário, impõe-se a necessidade de uma investigação séria e aprofundada para expor os agentes envolvidos e coibir essas práticas. O jornalismo, enquanto pilar essencial da sociedade democrática, não pode ser corrompido por interesses financeiros ou políticos. Cabe às instituições fiscalizadoras e à sociedade civil exigir a observância dos princípios da legalidade, da transparência e da ética, assegurando que a informação continue a servir ao interesse público, e não a grupos oportunistas.

Assine o Portal!

Receba as principais notícias em primeira mão assim que elas forem postadas!

Assinar Grátis!

Assine o Portal!

Receba as principais notícias em primeira mão assim que elas forem postadas!

Assinar Grátis!