Em um país onde a corrupção e a impunidade corroem a estrutura social, mais um escândalo expõe o descaso do poder público e a ganância de indivíduos inescrupulosos. Nesta quarta-feira, 26 de fevereiro, nos arredores do Salesiano, um verdadeiro absurdo tomou forma: uma rua foi fechada e o acesso passou a ser cobrado (VÍDEO). Sim, em pleno século XXI, cidadãos foram coagidos a pagar R$ 100,00 para ter o direito básico de ir e vir.
O mais revoltante é a conivência das autoridades. Como é possível que algo tão escandaloso aconteça diante dos olhos do poder público sem qualquer intervenção? A omissão governamental não é apenas vergonhosa, mas criminosa. Quando aqueles que deveriam garantir a ordem fecham os olhos para o abuso, tornam-se cúmplices de um esquema imoral e predatório.
Enquanto isso, a população assiste, inerte, ao espetáculo de horror. A passividade coletiva diante de absurdos como esse fortalece aqueles que lucram com a exploração e a desordem. Quando um crime desses acontece e não há reação, abre-se caminho para que outros atos igualmente abusivos sejam normalizados. O silêncio da sociedade é o combustível para a impunidade.
É inadmissível que, em um país que se diz democrático, o espaço público seja mercantilizado como se fosse propriedade privada de aproveitadores. A venda do direito de locomoção é um atentado contra a dignidade do cidadão e uma afronta às leis que regem uma sociedade minimamente civilizada. Esse caso precisa ser investigado e os responsáveis punidos exemplarmente.
Diante dessa aberração, a única resposta aceitável é a denúncia e a pressão popular. O Ministério Público precisa ser acionado imediatamente para apurar responsabilidades e garantir que episódios como esse não voltem a ocorrer. Se permitirmos que ruas sejam vendidas hoje, o que será cobrado amanhã? Respirar? Existir? A luta por justiça não pode ser opcional. É uma necessidade.