O escandaloso caso do juiz federal Alderico Rocha Santos, que, com um salário de servidor público, conseguiu a proeza de adquirir fazendas no valor de R$ 33,5 milhões, escancara a podridão enraizada no sistema judiciário brasileiro. A resposta das autoridades? Uma aposentadoria compulsória que mais parece um prêmio do que uma punição, garantindo-lhe um fluxo contínuo de dinheiro público enquanto o cidadão comum luta para sobreviver.
É uma afronta à inteligência e à dignidade do povo brasileiro ver um magistrado, cuja função deveria ser a de zelar pela justiça, acumular um patrimônio que desafia qualquer lógica salarial. E, diante de evidências gritantes de enriquecimento suspeito, a "punição" aplicada é uma aposentadoria remunerada? Isso não é justiça; é um deboche institucionalizado.
Enquanto o trabalhador brasileiro é esmagado por um sistema que pune severamente os menores deslizes, membros do Judiciário desfrutam de um paraíso de impunidade. A manutenção de salários para juízes afastados por condutas imorais é um tapa na cara de cada cidadão honesto que paga seus impostos e acredita, ingenuamente, na integridade das instituições.
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e demais órgãos competentes precisam urgentemente deixar de lado a complacência e enfrentar a corrupção interna com o rigor que a sociedade exige. Não podemos mais tolerar que aqueles que deveriam ser os guardiões da lei se escondam atrás de privilégios e imunidades, enquanto riem da nossa cara.
Se não houver uma reforma profunda e uma limpeza ética no Judiciário, estaremos condenados a viver sob um regime de injustiça institucionalizada, onde a lei serve apenas para oprimir os pobres e proteger os poderosos. É hora de acordar e exigir um sistema que sirva ao povo, e não aos interesses escusos de uma elite corrupta e desconectada da realidade.
METRÓPOLES