Enquanto brasileiros morrem em corredores de hospitais, enquanto crianças vão à escola com fome, enquanto o trabalhador rala o mês inteiro para mal pagar as contas, a casta superior da República se reúne em um jantar privativo para conspirar sobre o futuro do país. E não, não foi um evento democrático, muito menos republicano. Foi um verdadeiro teatro das sombras, onde a elite política, encastelada em sua bolha de privilégios, discute os rumos da nação sem prestar contas ao povo.
Na casa do ministro Alexandre de Moraes, um seleto grupo de figurões dos Três Poderes se esbaldou em um banquete regado a acordos escusos e articulações políticas. A desculpa? Uma homenagem a Rodrigo Pacheco. Mas vamos falar a verdade: foi um encontro de bastidores para garantir que a engrenagem do poder continue girando em favor de quem já está no topo. Tudo isso enquanto o país arde em desigualdade, corrupção e desespero social.
Estavam lá os chefes do Judiciário, do Executivo e do Legislativo, blindados em um jantar de luxo, enquanto o povo sofre com a carestia, a violência e a falta de perspectivas. Não há como aceitar esse deboche institucional, essa falta de vergonha na cara de quem deveria estar a serviço da população e não de seus próprios interesses. Governar não é um jogo de cartas marcadas, e a democracia não pode ser decidida entre taças de vinho e pratos requintados.
E o mais absurdo? Nenhuma explicação concreta sobre o que foi tratado. O que se passou nesse jantar influencia diretamente o futuro do Brasil, mas você, cidadão comum, jamais saberá. Eles tomam decisões que afetam sua vida, mas sem qualquer transparência, sem qualquer prestação de contas. É o velho Brasil da elite política que se acha dona do país, governando como se estivéssemos em uma monarquia absolutista.
Se o Brasil quer mudar, esse tipo de conchavo precisa acabar. Chega de governantes que agem no escuro, chega de articulações feitas longe dos olhos do povo. O país precisa de honestidade, de verdade, de líderes que sirvam ao povo e não a si mesmos. A paciência da sociedade está no limite, e se nada mudar, a conta desse jantar será cobrada—e não será barata.