Estratégia Política no Rio: Castro Condiciona Renúncia à Saída de Pampolha e fazer Bacellar governador já em abril de 2026.

O cenário político do Rio de Janeiro está em ebulição com as recentes articulações do governador Cláudio Castro (PL). Em conversas reservadas, Castro tem condicionado sua renúncia ao cargo, prevista para abril de 2026, à saída simultânea de seu vice, Thiago Pampolha (MDB). Essa movimentação abriria caminho para que o presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), Rodrigo Bacellar (União Brasil), assumisse o governo e disputasse a reeleição com o apoio de Castro, que almeja uma vaga no Senado.

Rompimento e Condições para Renúncia

A relação entre Castro e Pampolha deteriorou-se em março de 2024, quando o vice-governador filiou-se ao MDB sem o aval de Castro, culminando em seu afastamento da Secretaria de Meio Ambiente. Desde então, Castro tem manifestado que só renunciará ao governo se Pampolha também o fizer, permitindo que Bacellar assuma o comando do estado.

Bacellar: O Favorito de Castro para 2026

Rodrigo Bacellar, reeleito por unanimidade como presidente da Alerj, é o nome preferido de Castro para a sucessão. Para viabilizar sua candidatura, Bacellar precisaria assumir o governo antes das eleições, o que depende das renúncias de Castro e Pampolha.

Bolsonaro e a Sucessão no Rio

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) declarou que não apoiará Pampolha na disputa pelo governo do estado em 2026, devido ao apoio deste ao prefeito Eduardo Paes (PSD) nas eleições municipais de 2024. Bolsonaro demonstra preferência por Bacellar, alinhando-se às articulações de Castro.

Cenário de Incertezas e Articulações

A estratégia de Castro visa consolidar seu grupo político no comando do estado, mas enfrenta desafios, como a resistência de Pampolha em renunciar e as complexas negociações nos bastidores. O desfecho dessas articulações será crucial para definir o futuro político do Rio de Janeiro nas eleições de 2026.