A nomeação de Caio Vianna para a Secretaria de Governo de Campos é mais um escárnio contra a população, um tapa na cara dos cidadãos que acreditam que a política poderia ser diferente. Não há outra forma de descrever esse absurdo: a cidade continua à míngua, mas os políticos seguem se presenteando com cargos e benefícios.
A jogada é clara e nojenta: Caio Vianna desistiu da disputa pela prefeitura, apoiou Wladimir Garotinho e, em troca, ganha agora um lugar de destaque no governo. Não há mérito, não há competência avaliada – apenas a mais descarada negociação de interesses. Enquanto isso, o povo de Campos segue sem saúde digna, sem transporte decente, sem emprego. Mas a cúpula do poder segue blindada, trocando favores e mantendo tudo sob controle.
O município está afundado no caos. O sistema de saúde é um pesadelo, com pacientes morrendo à espera de atendimento. O desemprego faz a cidade murchar. As ruas esburacadas, os bairros abandonados, a violência crescendo. Mas nada disso importa para quem governa. O que vale é manter aliados satisfeitos, garantir que ninguém de dentro do esquema perca espaço.
Campos virou uma máquina de moer esperanças. Todo ano eleitoral é a mesma promessa de mudança, de renovação, mas, quando a cortina se abre, o espetáculo é sempre o mesmo: um show deprimente de oportunismo, incompetência e descaso. E o pior? Parte da população ainda assiste a tudo calada, como se nada pudesse ser feito.
Até quando Campos será refém desses políticos que só enxergam a cidade como um grande negócio pessoal? Até quando a população aceitará ser feita de palhaça enquanto meia dúzia de engravatados se lambuza com o dinheiro público? É hora de acordar. De exigir que os interesses da cidade prevaleçam sobre os acordos escusos. De botar um fim nessa velha política podre que destrói Campos há anos.