Santa Clara, um dos destinos mais procurados de São Francisco de Itabapoana, estĂĄ deixando de ser sinônimo de tranquilidade e lazer. Nos Ășltimos meses, moradores e veranistas tĂȘm convivido com uma onda crescente de violĂȘncia que tem assustado a população e deixado a sensação de abandono por parte das autoridades de segurança pĂșblica.
Facções criminosas rivais estão em constante confronto pelo controle do trĂĄfico de drogas na região. O cenĂĄrio é de guerra: traficantes fortemente armados circulam livremente pelas ruas e chegam a invadir residĂȘncias à força. HĂĄ relatos de muros sendo derrubados, inclusive em casas ocupadas por famĂlias, o que evidencia o total desprezo dos criminosos pela integridade e segurança dos cidadãos. ASSISTA AO VĂDEO produzido pela TV Record que mostra imagens da situação.
"A gente não consegue mais dormir tranquilo. Qualquer barulho à noite é um desespero. Estão entrando em casas, armados até os dentes, como se não houvesse lei aqui", conta um morador que, por medo de retaliação, prefere não se identificar.
Diante desse quadro alarmante, a prefeita Yara Cyntia precisa agir com urgĂȘncia. É indispensĂĄvel que ela procure o governador ClĂĄudio Castro para relatar pessoalmente a grave situação que se instalou em Santa Clara e cobrar uma resposta imediata do Estado. A presença da PolĂcia Militar precisa ser reforçada e medidas de inteligĂȘncia devem ser adotadas para desarticular as facções que aterrorizam o municĂpio.
Além disso, o presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), Rodrigo Bacellar, que conhece bem a realidade da região, tem papel fundamental nessa mobilização. Deputados estaduais como Thiago Rangel, Bruno Dauaire e Carla Machado, todos com forte ligação com o Norte Fluminense, também precisam se posicionar, pressionar o governo estadual e levar essa pauta à tribuna da Alerj.
A população de Santa Clara pede socorro. O que antes era um paraĂso litorâneo estĂĄ se transformando em uma zona de conflito, onde a lei do medo tem imperado. A hora de agir é agora — antes que o silĂȘncio dos inocentes vire estatĂstica.