A atuação da Guarda Civil Municipal (GCM) na fiscalização de trânsito na cidade vem sendo alvo de crÃticas crescentes por parte da população. Motoristas denunciam um comportamento cada vez mais autoritário por parte dos agentes, com foco especial em uma prática que se tornou rotina: o reboque de veÃculos a qualquer custo. Veja um vÃdeo aqui de uma tentativa de remoção absurda.
Relatos de condutores abordados de forma rÃspida, veÃculos guinchados mesmo em situações questionáveis e uma rigidez excessiva na interpretação do Código de Trânsito têm gerado revolta. Muitos moradores afirmam que a GCM parece estar mais preocupada em aplicar multas e acionar o guincho do que em orientar e promover a ordem no trânsito.
"Não estão fiscalizando, estão caçando. Meu carro foi rebocado mesmo com o pisca-alerta ligado e eu a poucos metros, tentando resolver uma emergência. Quando fui argumentar, fui tratado com desdém. Isso não é ordem, é abuso", desabafa um comerciante da região central.
A pergunta que fica é: quem está ganhando com isso?
O aumento no número de remoções de veÃculos levanta suspeitas de interesses financeiros por trás da parceria com empresas de guincho e pátios conveniados. Cada reboque gera custos ao cidadão – taxas de remoção, diárias no depósito e muitas vezes, multas que pesam no bolso de quem já enfrenta dificuldades no dia a dia.
Além disso, especialistas em mobilidade urbana apontam que uma atuação repressiva, sem diálogo e sem educação no trânsito, gera tensão, não prevenção. "A Guarda deveria ter papel educativo e preventivo. Mas em Campos, vemos uma postura punitiva e por vezes, desproporcional. Isso afasta a confiança da população e prejudica a imagem da instituição", afirma um urbanista da região.
A sociedade cobra transparência. É necessário entender os critérios adotados para os reboques, os dados estatÃsticos dessas ações, e os contratos firmados com empresas terceirizadas. Sem isso, o sentimento de injustiça só aumenta.
O trânsito precisa de ordem, sim – mas com bom senso, respeito ao cidadão e responsabilidade. O que se vê hoje em Campos dos Goytacazes, infelizmente, está longe disso.