O Hemocentro de Campos dos Goytacazes enfrenta uma grave crise devido aos estoques de sangue em nĂveis alarmantemente baixos. A situação tem gerado preocupação entre profissionais da saĂșde e a população, especialmente em um momento em que a demanda por transfusões cresce. Apesar da gravidade do problema, a prefeitura, sob a gestão do prefeito Wladimir Garotinho, tem sido alvo de crĂticas por sua aparente inação em promover campanhas para estimular as doações de sangue na cidade.
De acordo com funcionĂĄrios do hemocentro, os estoques encontram-se em estado crĂtico hĂĄ semanas, com tipos sanguĂneos como O negativo e O positivo em risco de escassez total. Essa situação coloca em perigo pacientes que dependem de transfusões para cirurgias, tratamentos de doenças crônicas e emergĂȘncias médicas.
"O problema não é só a baixa adesão às doações, mas a falta de uma estratégia consistente da prefeitura para mobilizar a população", afirma um representante da unidade, que preferiu não se identificar. Ele também destaca que campanhas de conscientização, antes realizadas com frequĂȘncia, praticamente desapareceram nos Ășltimos meses.
A FALTA DE AÇÕES DA GESTÃO MUNICIPAL.
A prefeitura de Campos tem sido criticada por sua inércia em relação ao problema. Desde o inĂcio do mandato de Wladimir Garotinho, poucas iniciativas pĂșblicas voltadas para doação de sangue foram anunciadas ou implementadas. Essa falta de articulação preocupa, jĂĄ que o municĂpio é referĂȘncia para atendimentos na região, e a carĂȘncia de sangue afeta não apenas moradores locais, mas pacientes de cidades vizinhas que dependem do suporte de Campos.
Moradores da cidade tĂȘm expressado indignação com a situação. "É revoltante ver o hemocentro nessa condição. Falta iniciativa da gestão pĂșblica para mobilizar a sociedade. O prefeito precisa sair da inércia e cumprir seu papel", desabafa a professora Ana LĂșcia Mendes, que é doadora regular de sangue.
O IMPACTO NAS CAMPANHAS DE DOAÇÃO.
O baixo estoque de sangue no hemocentro também reflete a ausĂȘncia de campanhas bem estruturadas e amplamente divulgadas. Nos Ășltimos anos, datas tradicionais de mobilização, como o Junho Vermelho, não tiveram o apoio necessĂĄrio da prefeitura para atingir um nĂșmero maior de doadores. A situação se agrava em perĂodos de férias e feriados, quando os estoques historicamente diminuem.
AÇÃO DA SOCIEDADE VERSUS INÉRCIA DO GOVERNO.
Diante da falta de resposta do poder pĂșblico, grupos da sociedade civil tĂȘm tentado, de forma independente, organizar campanhas para amenizar o problema. Instituições religiosas, ONGs e coletivos comunitĂĄrios vĂȘm usando redes sociais para convocar doadores, mas sem o suporte governamental, o alcance dessas ações é limitado.
CIDADÃOS PEDEM MUDANÇAS.
O descaso com o hemocentro de Campos levanta uma questão mais ampla sobre as prioridades da atual gestão municipal. Especialistas e moradores cobram que a prefeitura não apenas promova campanhas regulares de doação, mas também invista em educação e conscientização para tornar a doação de sangue um hĂĄbito entre os campistas.
Até o fechamento desta matéria, a prefeitura não havia se manifestado oficialmente sobre as crĂticas nem anunciado qualquer plano emergencial para resolver o problema dos estoques baixos no hemocentro. Enquanto isso, pacientes e profissionais de saĂșde continuam aguardando ações concretas que possam reverter o quadro e salvar vidas.
Se nada for feito, a cidade de Campos pode enfrentar uma crise ainda maior, com consequĂȘncias graves para a saĂșde pĂșblica.