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Orçamento e Política

UM ORÇAMENTO BILIONÁRIO, MAS PARA QUEM?


A aprovação da Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2025 em Campos dos Goytacazes expõe, mais uma vez, o profundo abismo entre as promessas políticas e as reais necessidades da população. Com 17 votos favoráveis e 4 contrários, o orçamento bilionário foi aprovado, mas não sem polêmicas. As emendas rejeitadas pela base governista, como a bolsa universitária e a instalação de ar-condicionado nos ônibus, revelam uma falta de compromisso com demandas sociais urgentes. Enquanto isso, discursos de "responsabilidade fiscal" mascaram uma gestão alheia às dificuldades enfrentadas pelos cidadãos.

A justificativa do vereador Fábio Ribeiro (PP), ao votar contra as emendas, soa como uma tentativa frágil de transferir a responsabilidade para o Governo Federal e Estadual. Ao afirmar que o cenário financeiro para 2025 será adverso, ele negligencia o fato de que administrar adversidades é a essência da governança pública. Não é aceitável que prioridades básicas, como a assistência a estudantes universitários e o conforto dos trabalhadores no transporte público, sejam relegadas em nome de uma "responsabilidade" seletiva. O que realmente está em jogo não é a viabilidade financeira, mas sim a prioridade política.

Por outro lado, o presidente da Câmara, Marquinho Bacellar (União Brasil), trouxe à tona uma crítica pertinente: a falta de autonomia nas decisões de certos vereadores. Seu discurso questiona a prática de votos que, ao invés de refletirem a vontade do povo, obedecem a interesses de lideranças políticas. Esse tipo de comportamento enfraquece a credibilidade do Legislativo, transformando a Câmara em uma extensão subserviente do Executivo, ao invés de uma casa que defende os interesses da população.

Apesar de um orçamento robusto de mais de R$ 2,8 BILHÕES (R$ 2.805.389.864,62 para ser mais exato) com investimentos significativos na saúde e educação, o que se vê é uma gestão de prioridades mal alinhadas. A rejeição das emendas propostas pela oposição é uma evidência disso. Saúde e educação são pilares fundamentais, mas ignorar melhorias no transporte e apoio aos estudantes demonstra uma visão limitada de desenvolvimento. Uma cidade que negligencia os jovens e trabalhadores coloca em risco sua própria sustentabilidade social e econômica no futuro.

A aprovação da LOA de 2025 deveria ser motivo de celebração, mas o que se observa é uma Câmara distante das reais necessidades do povo. A política local precisa urgentemente de uma reformulação ética, onde o interesse coletivo prevaleça sobre conveniências partidárias. Se não houver uma mudança de postura, Campos dos Goytacazes continuará enfrentando orçamentos milionários que falham em atender o básico, perpetuando desigualdades e descontentamentos. A Câmara e o Executivo devem à população mais do que promessas; devem resultados concretos. O dinheiro está disponível, mas falta vontade política para que ele seja utilizado em prol de quem mais precisa.


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